quinta-feira, 26 de maio de 2011


Corretores repudiam Seguro Pirata e pedem mobilização da categoria
O Seguro Pirata é uma concorrência desleal, não tem regulamentação e tira do "segurado" os direitos de consumidor, já que ele se torna participante de um grupo de rateio, com despesas que podem ser maiores, dependendo do valor e tipo de sinistro. Mas, a julgar pela repercussão da matéria "Seguro Pirata chega a todos os pontos do país", publicada ontem pelo CQCS, é preciso que os corretores "acordem" e possam contar com as autoridades e entidades representativas de classe, em todas as esferas administrativas: federal, estadual e municipal.
A corretora Rosimeire Garcia, da RGarcia Seguros (Pinhalzinho/SP) pergunta pelos órgãos fiscalizadores e denuncia que colegas comercializam o Seguro Pirata. "Cadê a Susep, cadê o Sincor? Onde está a união da classe? Adoro meu trabalho, mas infelizmente há corretores que se aproveitam dessa sujeira toda e por eles também somos acusados. Os bons pagam pelos maus. Está na hora, aliás passou da hora, de fortalecermos  a união entre os corretores dignos e honestos. Vamos à luta!".
Já o corretor Fabio Caiado Costa dos Santos, da Caiado Corretora (Vitória/ES) declara que causa estranheza a paralisia das seguradoras, porque são prejudicados tanto os corretores, quanto as companhias que operam com o Seguro de Automóvel. "Essas associações não pagam impostos e não têm reserva técnica Nós, corretores, temos que exigir mais rigidez dos governos, da Polícia e do Ministério Público para que os responsáveis respondam pelos crimes praticados".
Também o corretor Antonio Vesú, da Vesú Seguros (Tupã/SP) aponta que essa devia ser uma preocupação das seguradoras, além da Susep, Fenarcor e Sincor. "Todos estão de braços cruzados. Dá a impressão que não somos nada e que as seguradoras lucram com isso, ou melhor, algumas delas, como já foi mostrado aqui, fazem parte da picaretagem, dando cobertura de Responsabilidade Civil".
O corretor Celio Sanz, do Rio de Janeiro, vai ainda mais longe e alerta sobre a atuação das associações e cooperativas de proteção veicular que, segundo ele, já estão até convocando corretores para treinamento. "Já contei mais de 50 entidades vendendo o Seguro Pirata. Conheço inclusive corretor que está operando ou montando uma praga dessas. Se nós, corretores, temos mais fiscalização que essas entidades, porque os 'órgãos competentes' não atuam para combatê-las? Queremos uma campanha pública de esclarecimento, enfatizando que proteção automotiva não é seguro".
Escrito por Alberto Yoshimoto.
Fonte: CQCS

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