A falta de produtos que atendam a cobertura de caminhões e veículos com mais de cinco anos de uso deixa o mercado de seguros estado de alerta. Segundo análise de corretores e especialistas, o cenário de alto índice de recusas das propostas é um dos motivos que alavancam a busca pelas soluções ilegais dos seguros piratas.
Na avaliação do advogado Antonio Penteado Mendonça, as companhias estão reagindo devagar, enquanto as cooperativas de proteção veicular tomam conta do segmento. “Isso só vai acabar na hora em que as seguradoras ficarem mais espertas e começarem a desenhar produtos que atendam a demanda sem que percam dinheiro”, afirma.
De acordo com o advogado, as companhias declinam do risco devido aos altos índices de roubos e acidentes nas estradas, além da queda nos índices de recuperação das empresas de rastreamento – dados oficiais do Centro de Experimentação Viária (Cesvio) apontam que hoje o índice de recuperação de veículos roubados está em torno de 50%, mas alguns peritos afirmam que não passa de 30%.
“As seguradoras precisam ser mais interativas e reagir mais rápido”, adverte Penteado Mendonça, ressaltando que o seguro pirata é uma escolha perigosa, pois é flagrante a falta de assistência no segmento.
“O dono do caminhão vai fazer um mau negócio, porque ele vai estar garantido por uma pessoa que não está estruturada legalmente, correndo o risco de não receber a indenização, mas por outro lado, ele não tem alternativa”, finaliza.
Fonte: CQCS | Camila Barreto
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